Compositor: Não Disponível
Só posso culpar a mim mesma por ser tão egoísta
Segurei o telefone a noite toda
Mas não fiz uma ligação
Só posso culpar a mim mesma por ser tão covarde
Suas mãos fizeram florescer flores
Mas eu não tive coragem de colher
Dentro do meu coração mora uma versão sua tão pequena
Mas só a bagagem pode ser levada para o meu coração
Deitada no seu sofá, eu finjo estar à vontade
Como se fosse minha segunda casa
Só posso culpar a mim mesma por ser tão lenta em me abrir
Suas lágrimas apagaram chamas ardentes
Mas não me molharam
Só posso culpar a mim mesma por ser tão preguiçosa
Você me transformou em poesia
E eu acabei nem lendo
Na minha mente mora uma versão sua tão bonita
Meu sangue se agita como uma grande onda
Eu sou o capitão desse pequeno barco inflável
E o remo que estou usando faz barulho ao balançar
Balançando para a esquerda e para a direita, onde estou?
Suas marés, minha banheira
Um lugar com Sol, um lugar com oceano
Seu sorriso, minha experiência de vida
Seu paradeiro sempre foi incerto e volúvel
E quanto mais misterioso, mais enlouquecedor
A sala está trancada, as janelas um pouco vazias
Seu eco é tão forte que causa ansiedade no meu coração
Sua imagem sempre aparece e desaparece
O meu instinto me faz olhar ao redor sem parar
Exceto pelas ocasionais águas-vivas e brisas do mar
Só resta você, desaparecendo sem som nem ruído